terça-feira, 15 de outubro de 2013

 Dia 15 de Outubro de 2013

Palestra: Ciência do Futuro e Futuro da Ciência: Redes e Políticas de Nanociência e Nanotecnologia no Brasil

A primeira palestra da manhã do dia 15 foi proferida pelo Prof. Dr. Jorge Luiz dos Santos Júnior


O palestrante Jorge Luiz do Santos Júnior apresentou seu livro que será lançado no evento intitulado Ciência do Futuro e Futuro da Ciência: Redes e Políticas de Nanociência e Nanotecnologia no Brasil.
Na obra, o autor procura comprovar através de análise de dados sobre as redes de pesquisa na área  da nanociência e da nanotecnologia no Brasil, a forma com as políticas de governo se materializam nas agências de fomento e como as ciência sociais não têm conseguido ser contempladas nas políticas de nanociência e nanotecnologia no Brasil.
O principal objetivo do livro é analisar em que grau a política brasileira de nanotecnologia e nanociência, baseada fundamentalmente na formação de redes de pesquisa possui direcionamento (de agenda e de ideologias) de comunidades científicas e tecnológicas no Brasil.
Por meio da análise estrutural de Redes o autor evidencia o predomínio das ciências exatas (física e química) sobre as sociais, no Brasil.

Palestra: Nanotecnologia e Agricultura

A segunda palestra foi ministrada pelo Dr. Steve Suppan / Institute for Agriculture and Trade Police/USA.


A segunda palestra foi ministrada pelo pesquisador do Institute for Agriculture and Trade Police, Dr. Steve Suppan, que apresentou os projetos agro-tecnológicos como solução para os problemas de produção de alimentos.
O palestrante, utilizando-se de dados das organizações WHO e FAO, afirmou que a agro-tecnologia poderia ajudar a alimentar mais de 9 bilhões de pessoas até o ano de 2050.
Segundo o mesmo, as redes de análise de riscos atuais são adequadas para a agro-nanotecnologia, pois atualmente não há outra alternativa para a produção de alimentos.
Percebe-se que hoje a tecnologia contribui com grande ajuda ao crescente avanço da agricultura, exemplos disso é a utilização da nanotecnologia em fertilizantes e agrotóxicos, e hoje, já é possível a construção de sistemas de desenvolvimento de agro-químicos seguros.
Contudo, atualmente a utilização da nanotecnologia na agricultura não é muito adequada, pois a fertilização por bio-sólidos pode causar contaminação do solo, o que não demonstra as dificuldades técnicas para tanto.

Mesa Redonda: Nanotecnologia & Meio Ambiente

Na oportunidade o Dr. Adriano Premebida, a Prof. Dra. Sonia Dalcomuni, a Prof. Dra. Maria Gricia Grossi e a Prof. Dra. Tania  Elias Magno da Silva proferiram suas palestras sobre o tema "Nanotecnologia e Meio Ambiente"


A Prof. Sonia Dalcomuni afirma que o planeta é finito, a sociedade e a economia são subsistemas inventadas pelo ser humano que se inserem num sistema vivo e independente que é o planeta Terra - O meio ambiente. A economia e as ciências sociais estudam os seres humanos e negligenciam a natureza e suas análises; a natureza subsiste sem a espécie humana já o contrário não se verifica. Para ela, em sentido amplo, o desenvolvimento sustentável tem 5 dimensões: econômica, social, ambiental, político/cultural e geográfica. E conclui que as novas tecnologias não são necessariamente melhores ambientalmente, pois se fossem não estaríamos em crise ambiental. Em seguida a Prof. Maria Gricia Grossi falou sobre os conceito básicos de nanotecnologia, quais os benefícios para o meio ambiente, bem como alguns riscos e impactos. E conclui que as discussões da nova tecnologia devem ser ampliados para toda a sociedade, deve ser feita com ampla participação de todas as áreas do saber. A Prof. Tania  Elias Magno da Silva afirma que a  sustentabilidade na Terra é atualmente uma temática presente em quase todas os debates sobre as sociedades humanas. E que as diferentes dimensões da vida social tem sido afetadas pelas tecnociências, contudo, cada vez mais estamos dependentes da tecnologia.

Continuação do Curso 1: Microscopia Eletrônica

No turno da turno da tarde ocorreu a continuação do Curso sobre Microscopia Eletrônica. Na oportunidade os pesquisadores do Instituto de Física da USP, orientados pela Prof. Dra. Maria Cecília Salvadore fizeram uso da palavra

A pesquisadora Dra. Fernanda de Sá Teixeira proferiu a palestra titulada: "Nanopartículas metálicas inseridas em matrizes isolantes". Ela iniciou falando o que é e para que serve os nanocompósitos e matriz isolante, e porque a ideia de fazer essa mistura. A mesma respondeu que achou interessante misturar para criar novas propriedade ópticas e elétricas que tem diversas aplicações, como por exemplo biosensores, aumento da sensibilidade de detecção, tratamento de câncer, entre outros.
O pesquisador Dr. Demetrio Santos falou sobre as Nanotecnologia. Expôs as noções básicas de nanociência, e mencionou que esta vai além dos materiais com dimensões nano. Falou do uso de nanomateriais em litografia, pré-tratamento de materiais, adesão e em células nervosas.
O pesquisador Dr. Wagner Wlysses R. de Araujo explicou o que é, com funciona e quais as aplicações de nanopartículas, nanotubo, cultura de células e a biocompatibilidade. A cultura de células é extrair e manter fora do organismo de origem. Biocompatibilidade: Cultivo de células em materiais (nanotubos, por exemplo), mostra que eles são biocompátiveis.
O pesquisador Dr. Alberto Blumenschein falou sobre a Nanoarte, ou seja, de como fazer arte a partir das imagens que podem ser criadas com a utilização da nanotecnologia.

Continuação Curso 2: Aspectos de Segurança Ocupacional e Nanotecnologia

O Prof. Dr. Wilson Engelmann foi quem ministrou a continuação do Curso.


O título da palestra ministrada foi "Nanotecnologia no meio ambiente do trabalho: O princípio da precaução como um espaço transdisciplinar para equacionar os riscos com a saúde e segurança do trabalhador"
Os pontos abordados foram: A nanotecnologia é um tema transversal;
- O que esperar das tecnologias emergentes para o século XXI;
- A nanotecnologia é divida em 6 áreas: nanomateriais, nanoeltrônicos, nanofotônica, nanobiotecnologia, nanoenergia, nanoambiente;
- Não há ainda um Equipamento de Proteção Individual (EPI) capaz de proteger o corpo e a saúde do trabalhador que manuseia nanomateriais;
- Preocupação da OMS acerca da manipulação dos nanomateriais no ambiente de trabalho;
- Riscos de contaminação ambiental;
- As nanotecnologias e os nanomateriais são inovadores, mas as implicações na saúde não estão bem estudadas e não existe nenhuma legislação específica sobre nanomateriais;
- Engelmann destaca que o Princípio da Precaução deve ser seguido ao discutir a segurança do trabalhador com o manuseio de nanomateriais;

 - As novas tecnologias vão gerar desenvolvimento e não danos à saúde;

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